viernes, 11 de marzo de 2011

MEDO


         O meu maior medo é justamente o medo ter medo; aquele medo que me amedronta que me paraliza a vontade de ir sempre mais além e de buscar sempre coisas novas para os meus dias, para a minha vida. Eu uso o medo como meu aliado, como a ponte que irá me conduzir ao caminho que eu desconheço, porém que me fascina e faz com que o medo ande de "mãos dadas" com a possível quebra de um obstáculo. Se o medo trava e bloqueia muita gente, para mim ele impulsiona e me cativa. 
          Quando a luz está acesa tudo que vemos é claro, exato, imutável eu diria, cada centímetro está sendo ocupado por algo pré determinado - um roteiro fixo. Eu prefiro a escuridão que me permite viajar nos meus pensamentos, não preciso fechar os olhos para não enxergar nada e ao ao mesmo tempo poder imaginar o mundo que eu quiser, aqui mesmo, dentro do meu quarto. Posso passar a maior parte do meu tempo iluminada por a luz do sol quanto pela luz do luar, mas digo: Que é na falta da luz e na escuridão quando estou próxima a adormecer que eu penso e que vem á tona os sentimentos e momentos que clareiam os meus dias e que fazem com que eu perceba o que realmente importa. Contraditório? Um tanto quanto, eu diria. Entretanto, ainda penso que é na escuridão que eu continuo vendo a luz.