jueves, 31 de marzo de 2011

Pessoas ervilhas


       Hoje me peguei pensando em um momento trivial do meu dia, um momento na hora do almoço no início da semana mesmo e comecei a "criar" uma certa comparação entre pessoas e ervilhas. 
       Entre garfadas e conversas, em um momento que eu separava no cantinho do prato algumas ervilhas perdidas que estavam na minha salada, surge a frase:
- "Eu também não gosto de ervilha, parece que não tem gosto, não faz a menor diferença"... 
- Concordei de imediato, mas parei e pensei: "Mesmo não fazendo diferença e sendo sem gosto eu sempre peço o meu XIS ou seja lá o que for sem ela - a ervilha!
      E hoje em um momento eu diria: "fantástico mundo de Bob", comecei a imaginar ervilhas gigantes em forma de gente. Elas estão dominando o mundo! Me sinto rodeada por elas quase que o tempo todo. A onde estão aquelas batatinhas crocantes que acompanham o XIS ou aquele bife bem saboroso que tem dentro? Há tempos me sinto em uma dieta a base de ervilha! Eu, você, todos nós sem dúvida ao descrever uma ervilha sendo: Sem gosto, não faz a menor diferença em seu prato, não marca, não sente o sabor, logo virá em seus pensamentos inúmeras pessoas que se encaixam nesta mesma descrição de ervilha. 
    Tenho sim batatinhas crocantes e suculentas que acompanham o meu XIS, mas que elas andam bem escassa isso elas andam...

domingo, 20 de marzo de 2011

- Velha infância -


No tempo em que a minha única preocupação era brincar...

sábado, 12 de marzo de 2011

INTENSIDADE

Seria tão bom se eu, você, a gente não esperasse absolutamente nada das pessoas. Mas nós, somos dotados de sentimentos, alguns mais, outros menos, alguns fingem não possuir ou realmente parece não ter; mas lá no fundinho nem que seja trancado a 7 chaves, ele está lá! Existem pessoas que tem uma certa facilidade de multiplicar carinho, distribuir sorrisos, dividir abraços e beijar com a mesma facilidade e naturalidade de um piscar de olhos. Eu me pergunto se o problema é comigo, porque realmente para mim há uma barreira quase que intransponível em sorrir, abraçar, tocar e beijar e praticar as demais ações que envolvam troca de calor, que envolva sentimento. Eu não repudio quem consegue, mas eu não consigo. Para fazer com que eu me mova, ou seja, para que faça com que eu sinta vontade de abraçar, beijar automaticamente necessito que uma "força maior" aja sobre mim. Já ouvi de algumas pessoas coisas do tipo: "Como você é fria, seca, uma pedra de gelo". Acho tão contraditório isso tudo... Porque eu penso infelizmente ser um ser movida pela emoção (embora, esteja revendo alguns conceitos!). INTENSIDADE é a palavra! Quando eu sinto, quando eu quero, é de verdade mesmo. Quando eu tenho que abraçar alguém sem vontade é aquele abraço rápido, tapinha nas costas e de olhos abertos olhando cada espaço ao meu redor. Já quando é alguém que eu quero abraçar eu me perco no tempo, eu fecho os olhos e sinto aquele calor, aquele aconchego, aquela energia transmitida entre os corpos, aquele porto seguro que de todos os lugares do mundo... é aquele lugar, seriam aqueles braços e abraços o meu lugar perfeito. E quando o beijo é sem vontade? O ideal seria só fazê-lo naquela pessoa que você quer, que você sonha e que você deseja. Mas ás vezes acontece com alguém que não é nem sombra disso, aí se torna aquele beijo rápido que você não consegue nem se quer esquecer as suas tarefas e obrigações diárias. Beijo que não envolve, que não transmite aquela "corrente elétrica" durante o beijo, durante o toque.  É somente aquele ato de beijar e mais nada. Agora respiro fundo... porque só de lembrar a sensação produzida por AQUELE beijo eu chego a ficar mais leve, mais viva. Beijo molhado, apaixonado, demorado em que os nossos 5 sentidos beijam junto como se o mundo fosse aquele momento e o resto, ah... o resto seria o resto e mais nada. Aquele sentimento de complexidade e ao mesmo tempo de simplicidade traduzido em um só ato. Como se naquela "junção estrelar" os dois corpos se tornassem uma única alma e as duas mentes um único coração. Que pena que um sentimento tão mágico e inefável como este  não seja assim tão fácil de ser proporcionado a não ser que você esteja ao lado de quem você gosta e que seja recíproco.

viernes, 11 de marzo de 2011

MEDO


         O meu maior medo é justamente o medo ter medo; aquele medo que me amedronta que me paraliza a vontade de ir sempre mais além e de buscar sempre coisas novas para os meus dias, para a minha vida. Eu uso o medo como meu aliado, como a ponte que irá me conduzir ao caminho que eu desconheço, porém que me fascina e faz com que o medo ande de "mãos dadas" com a possível quebra de um obstáculo. Se o medo trava e bloqueia muita gente, para mim ele impulsiona e me cativa. 
          Quando a luz está acesa tudo que vemos é claro, exato, imutável eu diria, cada centímetro está sendo ocupado por algo pré determinado - um roteiro fixo. Eu prefiro a escuridão que me permite viajar nos meus pensamentos, não preciso fechar os olhos para não enxergar nada e ao ao mesmo tempo poder imaginar o mundo que eu quiser, aqui mesmo, dentro do meu quarto. Posso passar a maior parte do meu tempo iluminada por a luz do sol quanto pela luz do luar, mas digo: Que é na falta da luz e na escuridão quando estou próxima a adormecer que eu penso e que vem á tona os sentimentos e momentos que clareiam os meus dias e que fazem com que eu perceba o que realmente importa. Contraditório? Um tanto quanto, eu diria. Entretanto, ainda penso que é na escuridão que eu continuo vendo a luz.

jueves, 10 de marzo de 2011

"Mude.
Mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois, mude de caminho, ande por outras ruas,
calmamente,
observando com atenção os lugares por onde você
passa.
Tome outros ônibus.
Mude por uns tempos o estilo das roupas.
Dê os teus sapatos velhos. Procure andar descalço
alguns dias.
Tire uma tarde inteira pra passear livremente na
praia, ou no parque,
e ouvir o canto dos passarinhos.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma do outro lado da cama...
depois, procure dormir em outras camas.
Assista a outros programas de TV, compre outros
jornais... leia outros livros.
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde. Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua.
Corrija a postura.
Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes,
novos temperos, novas cores, novas delícias.
Tente o novo todo dia,
o novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
jeito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes,
tome outro tipo de bebida, compre pão em outra
padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa.
Escolha outro mercado... outra marca de sabonete,
outro creme dental...
tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores
Vá passear em outros lugares.
Ame muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas,
troque de carro, compre novos óculos, escrevas outras
poesias.
Jogue fora os velhos relógios,
quebre delicadamente esses horrorosos despertadores.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, outros cabeleireiros, outros
teatros, visite novos museus.
Mude.
Lembre-se que a vida é uma só.
E pense seriamente em arrumar um novo emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais light, mais
prazeroso,
mais digno, mais humano.
Se você não encontrar razões para ser livre,
invente-as.
Seja criativo.
E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas.
Mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança, o movimento, o
dinamismo, a energia.
Só o que está morto não muda!"