martes, 19 de abril de 2011

O problema ou a falta dele

      

       Meus olhos registram as imagens como fotografias. Em meus dedos ficam gravados determinados momentos projetados em uma fisionomia. O meu paladar distingue com maestria os melhores sabores. Eu chego a "flutuar" sendo guiada por um perfume no ar, exercendo uma força sobrenatural. Um aroma, me leva para longe... Palavras são incontáveis tanto ditas quanto escutadas ao longo do dia e ao longo da vida, milhões. No entanto, há uma enorme diferença entre simplesmente ouvir e ouvir e armazenar o que foi lançado ao vento.
        E é isto que me leva a recorrer aos meus papéis em branco e a minha caneta e registrar eu diria, um momento reflexão. Através de uma longa conversa telefônica que já remete a distância, porém o que de fato poderia remeter como dizem os espanhóis: "Cada uno en su sítio", cedeu espaço ao "cerca" ao próximo. Em meio a histórias, confissões, risadas e momentos de descontração, gravei e claro, anotei uma frase tanto no meu pensamento quanto rabisquei no cantinho de uma folha perdida a seguinte frase: "O problema não é você sentir nada, o problema é você não sentir nada por ninguém". Eu diria que essa frase daria muito "pano pra manga"!
       Ontem, mais precisamente no meio da aula em um momento "pensante", uma colega me perguntou o que tanto eu escrevia e eu disse:
- Estou refletindo a respeito da frase que o problema não é a gente não sentir nada por ninguém, mas sim não ter por quem sentir alguma coisa. Em fração de segundos ela contesta:
- Mas para você isso é um problema? Onde está o problema nisso?
       Para muitos, acredito que possa ser um "alívio" não sentir nenhum sentimento especial por ninguém, pessoas que fogem, escapam de relações vertiginosas ou sentimentos inquietantes que tiram horas dos nossos sonhos têm as pencas! É tão mais fácil amar somente nós mesmos, assim se evita envolver-se e logo de viver e amar intesamente bloquiando e criando um "muro" para possíveis decepções e desilusões. Egoísmo? Acredito que não seria essa a palavra melhor empregada neste contexto, se for egoísmo é consigo mesmo!       Entretanto, como na vida sempre existe os dois lados da questão existe também um outro tipo de pessoa o oposto de não achar o mínimo problema não estar sentindo nada por ninguém. Eu posso não estar vivendo um amor ou uma paixão, mas eu preciso sentir nem que seja "uma pontinha" desse sentimento diariamente. Não é preciso viver ele, mas sim, o de saber que ele existe. Me faz sentir mais viva, com mais alma. É como se isso fosse necessário para a minha própria existência e dar sentido a ela.
       Existem estes dois tipos de pessoas as que acham um problema estar "vazios" e não ter aquele alguém para pensar e que faça nem que seja tirar os pés no chão. E há aqueles que se sentem melhores desta forma, eu diria, "ocos" pelo amor, pelo sentimento. Qual o tipo ideal? Lá no fundinho nem que seja "trancado a sete chaves", todo mundo sabe o que guarda de melhor e de pior. A gente pode mentir para os outros, mas mentir para nós mesmos é tarefa utópica. Aquela coisa de que uma frase repetida muitas vezes, pode se tornar uma verdade não é bem assim!  A gente pode tentar ser o tipo 1, que não vê problema em não gostar de nada e nem de ninguém, mas sempre haverá algum momento nem que seja em uma noite fria de chuva querer dormir com o pé encostada naquele "certo alguém" só para ter a certeza que está ali, e que não sumiu para sempre.

sábado, 16 de abril de 2011

Tantas coisas...


     Hoje me peguei pensando em coisas que eu realmente gosto e me fazem sentir em estado de transe, ou eu diria, o mais perto de uma conexão plena de leveza por aquele instante de segundos. É tamanha a energia transmitida que você sente os seus pulmões captando todo o ar que caiba neles e depois soltando suavemente, como se isso fosse parte dessa conexão.
      A foto que ilustra o post talvez mostre um pouco dessa coisa de... fechar os olhos e apenas sentir o momento, deixando a música e o instante tomar conta de você. São tantas as coisas que eu gosto como de fechar os olhos e sentir aquele ventinho tocando o nosso rosto em um final de tarde; gosto de sentar na beira da minha cama e olhar pela janela reelambrando momentos que se eternizaram e me fazem levar para longeeee pelo simples fato de lembrar; gosto de olhar pela janela e ver em cima dos prédios as pombas indo de um lado para outro; gosto de ficar olhando para o céu e tentando encontrar desenhos em nuvens; gosto de ver a tarde cair e o céu alaranjar com a cuia na mão em um dos parques da minha cidade; gosto do cheirinho do bolo assando; gosto do barulho de cream cracker da bolacha; gosto de arrumar a  minha mochila pelo simples fato de estar indo para algum lugar; gosto de ficar olhando pela janela a paisagem no ônibus quando eu viajo; gosto do cheirinho de banho recém tomado; gosto do cheirinho de café logo pela manhã e também em um final de tarde; gosto de cafuné; gosto de abraço bem apertado e beijo estalado; gosto de susurro ao pé do ouvido; gosto de mudanças de planos e de surpresa boa; gosto de um elogio em um dia que parecia infernal; gosto de chuva quando eu tenho o dia para ficar em casa; gosto de acordar sem despertador; gosto de comer brigadeiro ainda com ele quente com a colher na panela; gosto de mensagens inesperadas e telefonemas surpreendentes; gosto de chegar em casa e sentir o cheirinho da "neguinha"; gosto matar a saudade daquela pessoa que eu não via a hora de reecontrar. Gosto de pessoas e de situações doces e quando não encontro ou quando a realidade não me agrada crio então outra para mim, não mais bonita, mas pelo menos uma realidade que esteja entre os parâmetros da minha louca e fértil imaginação.
    Eu só quero que as coisas tenham sempre graça que soem de forma especial. Meu mundo é vermelho berrante, mas os meus sonhos são azul celeste!







domingo, 10 de abril de 2011


Como uma coisinha tão "pikititinha" pode despertar tanto amor?! 

viernes, 8 de abril de 2011

- Nega -


(UNANIMIDADE) Família e amigos - Tu ta precisando de um namorado Taíse!
(EU) - To precisando é de um cachorro! E aki estamos nós... eu e a minha neguinha de 3 meses!

miércoles, 6 de abril de 2011

Final de Tarde...


       Como eu precisava disso... sair por aí com a térmica e o chimarrão na mão, a canga para deitar sobre a grama no parque e com algumas folhas em branco para registrar nesse espaço os meus momentos e eternas inquietações. Me sinto tão viva assim... quando dedico algumas horas do meu dia para mim. Neste momento sinto a minha alma repleta de luz em um final de tarde depois de um dia exaustivo de trabalho e alguns conflitos de sentimentos, deitar sob o sol em um "finalzinho" de tarde sobre a grama e sentindo um ventinho gostoso tocando o meu corpo por inteiro suavemente, não tem preço! São nestes momentos que eu vejo que são essas coisas mínimas que me fazem cativar pelo simples, pelo puro, pelo natural. 
    Na busca de encontrar soluções e respostas para as minhas angústias, medos e inquietações acabo criando ainda mais dúvidas nessa eterna busca de entender eu mesma. Me perco tentando me encontrar. Sinto que eu me encontro em mim mesma, quando eu paro.... fecho os olhos e apenas sinto a energia transmitida como um todo!

domingo, 3 de abril de 2011


"O que eu queria era alguém que me recolhesse como um menino desorientado numa noite de tempestade, me colocasse numa cama quente e fofa, me desse um chá de laranjeira e me contasse uma história. Uma história longa sobre um menino só e triste que achou, uma vez, durante uma  tempestade, alguém que cuidasse dele".

                                                                                                                                                (Caio F.)